Desde que se noticiou o assassinato de Manfred e Marísia von Richthonfen, tenho acompanhado passo à passo, todo o desenrolar do caso, que me chamou a atenção porque Suzane, a filha do casal, confessou o planejamento da morte de seus pais junto com o namorado, em 2002.
Fiquei chocada, pois quando o casal está apaixonado e a família de um deles não aceita a relação, pensa-se em uma gravidez ou uma fuga, mas, matar os próprios pais é crueldade demais.
O curioso é que Suzane alega que os irmãos Cravinhos a induziram a cometer o assassinato e eles dizem o oposto. No final, todos eles são culpados, independente de quem planejou ou executou, mas a jovem teve liberdade condicional e aguardou o julgamento em casa, com direito à cama quentinha e confortável, comida fresca e de qualidade, com acesso à televisão, computador e telefone. Enquanto que Daniel e Cristian passaram o tempo todo na cadeia. Se todos nós somos iguais perante a lei, por que ela teve certas regalias e eles não? Ela representa menos perigo que os rapazes?
Ela planejou o crime junto com os irmãos Cravinhos, abriu a porta de sua casa para que eles pudessem entrar e ainda teve sangue frio para ouvir os golpes sendo aplicados até morrerem aqueles que lhe deram o dom mais precioso, o da vida. Os três são culpados, assassinos e merecem a prisão por igual.
Se a sentença de Suzane von Richthonfen, Daniel e Cristian Cravinhos dependessem de mim e se na lei brasileira tivesse a pena de morte, este seria o meu veredicto, sem dúvidas. Porém e infelizmente, o destino desses três criminosos está nas mãos de outras pessoas, que podem até inocentar um ou todos.
O julgamento iniciaria dia 5 de junho, mas, fora adiado para 17 de julho. Aguardei esse dia e espero a sentença com muita expectativa, como quem aguarda o capítulo final de uma novela, pois seu resultado comprovará se nosso país é mesmo da impunidade.
Se estes assassinos se livrarem dessa, ou se Suzane conseguir sua liberdade, ficará provado por “A” mais “B” que aqui, no Brasil, o crime realmente compensa.